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Psicanálise e Autismo


A Psicanálise com aproximadamente 120 anos de experiência, tem melhorado a vida de muitas pessoas, e há algum tempo, vem estudando, pesquisando e trabalhando com Autismo.


Atualmente diante dos manuais de classificação psiquiátrica, a percepção que temos é que retrocedemos na diferenciação necessária entre autismo e psicose, se antes o autismo era uma forma da psicose, hoje a psicose passa a ser diagnosticada como autista, o que poderia explicar um aumento significativo e incompreensível de autismo no mundo.


No início o autismo aparecia como um subgrupo das esquizofrenias, desde a comunicação de Kanner, em 1943 até sua primeira aparição formalizado no DSM em 1980, o autismo foi classificado como um distúrbio global do desenvolvimento e posteriormente como um distúrbio invasivo do desenvolvimento, na última edição do DSM 2015, passa para o transtorno do espectro autismo, e a categoria que diagnosticava psicose infantil desapareceu.


Observamos um aumento de casos na última década de pequenas crianças e bebês de 36 meses diagnosticadas dentro da categoria de transtorno de espectro autista (CID-10 F-84), o que merece atenção dos profissionais que trabalham com o desenvolvimento e a estruturação psíquica na primeira infância pois se torna preocupante a realidade assoladora de psicologização na primeira infância.


Sendo assim, o curso de Psicanálise Infantil e Autismo pretende trazer reflexões e discussões acerca de temas de grande importância no cenário psicanalítico atual, que são a Clínica Infantil e o Autismo. Nesse sentido, propomos uma imersão sobre a historicidade do autismo, os primeiros estudiosos, os avanços da psicanálise, a apresentação dos principais conceitos psicanalíticos para compreendermos o autismo e sua estruturação. E ainda, a possibilidade de intervenção em psicanálise buscando propiciar ao autista um novo mundo, enquanto sujeito, e a importância da análise, pois o atendimento clínico favorece uma escuta que reconhece a singularidade de cada um e seus desejos, oferecendo assim a possibilidade para que o sujeito autista possa reconhecê-los.

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