A loucura sempre suscitou curiosidade, temor, atração. Por nada que ainda hoje se diz que sábio e louco todos temos um pouco. Desde quando os loucos eram admirados, tidos até como conselheiros, além de despertarem a produção da comédia e da tragédia. Passando pela época em que os mesmos eram confinados em embarcações errantes, sendo a loucura associada aos medos mais profundos do homem, ao lado da morte. Também já foi cantada como elemento contingente da vida humana.
Ao ser transformada em objeto de estudos pela psiquiatria, perdeu a dimensão de expressão da vida humana e reduziu-se a doença mental, transformando-se negativamente em patologia.
Mesmo hoje, quando se trabalha pela inclusão social da diferença que a loucura porta em relação às fronteiras simbólicas que regulam a convivência humana, a linguagem e as excentricidades dos loucos ainda despertam o interesse em desvendar seus mistérios.
A psicanálise, em especial, se dedicou a essa tarefa. Desde sua invenção, com Sigmund Freud, a loucura, teoricamente denominada psicose, foi alvo de reflexões, tendo seus estudos avançado muito com o psicanalista francês Jacques Lacan, ao ponto da possibilidade do tratamento.
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